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sexta-feira, 26 de junho de 2015

10 surpresas da vida de pai

Por Armin A. Brott 

Em algum momento, não muito depois do nascimento do bebê, praticamente todo mundo enfrenta um repentino choque de realidade. Você virou pai, tem novas responsabilidades, assim como pressões e expectativas. Essa conclusão aparentemente óbvia chega mais rápido para alguns e demora um pouco mais para outros. 

Mas uma coisa é certa: cedo ou tarde, todo pai e mãe acaba tendo que aceitar que a vida mudou desde a chegada do novo integrante da família. Algumas mudanças são suaves, outras nem tanto, e a realidade é que muitas delas são surpreendentes.

Para facilitar o seu trabalho de entender tanta transformação, o autor Armin A. Brott, especializado em livros sobre pais e filhos, selecionou a seguir dez surpresas que você provavelmente terá que encarar:

1. Confusão
Sentimentos conflitantes geralmente caracterizam os primeiros meses da paternidade e são muito diferentes das emoções dos anos subsequentes. Por um lado, existe a sensação de virilidade, poder e orgulho por ter concebido uma vida; por outro aparecem as frustrações por não conseguir satisfazer (e às vezes tampouco entender) o que a criança precisa.

2. Amor único
Não tente comparar o amor que você sente pelo bebê com o que tem por qualquer outra pessoa. Pode ser que o choro do seu filho tire você do sério inúmeras vezes, mas, em compensação, ninguém faz você babar tanto quando sorri olhando nos seus olhos ou adormece nos seus braços.

3. Ambivalência
Em algum momento, pode ser que você olhe para o bebê e perceba que a intensa paixão que sentia por ele no dia anterior foi substituída por um surpreendente sentimento de tristeza. Você conhece essa criança? Importa-se com ela? 

Pode ser que bata aquela vontade de dar um bico nessa vida de pai e começar tudo de novo em outro lugar. E há uma chance ainda maior de o próximo sentimento ser uma culpa terrível. Aí vem aquela reflexão masculiníssima: se você não está 100 por cento do tempo totalmente apaixonado pelo bebê, é um péssimo pai, certo? Errado! A ambivalência faz parte da vida dos pais. E não se assuste, porque isso poderá acontecer inúmeras vezes ao longo dos anos.

4. Depressão
Embora a maioria das pessoas pense que depressão pós-parto é coisa de mulher, muitoshomens também ficam deprimidos ou melancólicos após o nascimento do bebê. A diferença é que, neste caso, não dá para culpar os hormônios. 

A melancolia do homem tem mais a ver com a volta à realidade. Quando você é um futuro pai ou o bebê acabou de nascer, invariavelmente recebe maior atenção e acaba um pouco paparicado. Com o passar das semanas, no entanto, a correria do trabalho e do dia a dia retornam, com a desvantagem de que você provavelmente estará dormindo muito mal e tendo o dobro, o triplo ou o quádruplo de responsabilidades em casa.

5. Medo
Os primeiros meses da paternidade são caracterizados mais por medos do que certezas. Entre eles estão o receio de que você não conseguirá corresponder às suas próprias expectativas sobre o que é ser um bom pai, de que não poderá proteger o bebê e a família dos males do mundo, de que não será um provedor à altura, de que não sabe o que fazer com a criança , de que será (ou não, dependendo do caso) igualzinho ao seu pai e, por fim, de que tudo não passou de uma grande burrada. Esses e outros medos são parte normal da transição homem-pai.

6. Relacionamento com a parceira
Antes do nascimento do bebê, você e a sua mulher passavam muito tempo juntos, nutrindo amor, sexo e relacionamento. Mas, assim que o bebê nasce, essa proximidade parece cortada abruptamente. O foco passa a ser a criança. Se você mal tem tempo para dormir, não espere voltar a fazer logo de cara todas as aquelas coisas que unem um casal. Se possível, tente programar algum momento, mesmo que sejam poucos minutos por dia, para conversar com sua mulher a sós. E não vale o seguinte assunto: bebês.

7. Interagindo com o bebê
Nos primeiros dois meses de vida, o bebê provavelmente não dará muitas pistas sobre sua performance como pai. Haverá alguns sorrisos, poucas respostas estimuladas e nada de gargalhadas. Ele não fará muita coisa além de chorar. Será fácil levar as "opiniões" dele com seriedade exagerada e interpretar a falta de entusiasmo como um referendo de sua (má) qualidade como pai. Não faça isso! Se você recuar, sua criança fará o mesmo. Então invista por mais tempo. Encare essa fase dedicada só aos cuidados e necessidades do bebê como a base do incrível relacionamento que vocês terão no futuro.

8. Papo de homem
Se alguém sugerisse há um ano que você estaria disposto a participar de longas discussões com seus amigos homens sobre vômitos, seios vazando, episiotomias e consistência do cocô, você daria uma enorme gargalhada. Mas agora você faz esse tipo de coisa, certo?

9. A logística da paternidade
Antes de virar pai, arrumar-se para sair significava pegar a carteira, as chaves do carro e verificar se a porta estava trancada. Agora, uma simples passada na padaria com o bebê parece uma expedição ao Monte Everest. E quando você pensa que tudo está sob controle, a fralda vaza um segundo depois de você já ter usado toda a troca da sacola no apertado banco do shopping center.

10. Lições no amor
Enquanto você está aprendendo a entender as pistas que seu filho dá para que possa satisfazer todas as necessidades dele, ele está ganhando coordenação motora para expressar amor por você das formas mais formidáveis do mundo. A primeira vez que ele balbuciar um som, mandar beijo ou dormir nos seus braços distraidamente acariciando seus ombros farão você descobrir o verdadeiro sentido da vida.

Armin A. Brott é pai de três meninas e autor dos best-sellers The Expectant Father: Facts, Tips, and Advice for Dads-to-BeThe New Father: A Dad's Guide to the First Year, e The New Father: A Dad's Guide to the Toddler Years. Ele também é co-autor, com Ross D. Parker, do livro Throwaway Dads.

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